Sim, a LGDP é uma lei que muda nossa vida. Muda nossa forma de ver nossos dados pessoais. Muda a forma de enxergar nossa importância, quem somos no mundo em relação aos nossos dados, tanto no mundo “digital” quanto no mundo “real”.
Nós somos nossos dados. O que somos para o mundo senão um conjunto de informações que nos identificam? Nosso nome, endereço, sexo, religião, estado civil, saúde, escolhas, preferências, pensamentos. Tudo é “dado” que pode ser processado e nos identificar.
Essa identificação é “vital” para o mundo dos negócios. Desde sempre. O homem das cavernas precisava se “vender” para conquistar uma parceira ou conquistar uma posição no grupo. Ser o mais forte, o mais rápido, o mais destemido. Tudo isso são dados, são informações que o identificavam para o grupo. Por toda a história do comércio e do serviço, identificamos quem é o publico alvo de acordo com suas características. Vamos vender uma música, uma roupa, uma comida, um livro, uma massagem, a leitura de tarô. Qualquer um desses itens e o que mais puder pensar são baseados em dados, nossos dados, os dados de cada um, os “dados pessoais”.
Com a evolução da tecnologia e do marketing, esses dados passaram a ser mais e mais utilizados. Agora os dados são coletados aos bilhões e cruzados com nossas compras, nossas preferencias, nossos interesses. Isso é feito para que a publicidade seja mais direta, mais efetiva. E, infelizmente, invasiva.
Já percebeu que você faz uma pesquisa de qualquer item, no Google, no Bing, não importa onde, e você começará a ser “bombardeado” por propagandas sobre o que procurou? Mas as vezes não estamos procurando um produto, um serviço. Estamos apenas “navegando” sobre um tema. E lá está o bombardeio, as sugestões. Você está nas redes sociais, curte uma foto, um texto, uma imagem e pronto. Aquele assunto passa a lhe perseguir. Você está “conversando” com alguém e diz que precisa comprar uma cadeira. Pronto, “magicamente” começam a aparecer ofertas de cadeira para você.
Esse é um problema? Um problema “real”? Para muitos não. Para muitos, isso é ótimo, pois ajuda a encontrar o que deseja. Mas existe um problema. Você não está procurando de forma natural. Você está sendo “induzido”. Induzido por quem é mais “visto”. Induzido por quem paga mais. Você é levado a ler, ouvir, consumir e comprar baseado no que conhecem de você. Baseado nos seus dados. Percebe que você perdeu sua “liberdade”? Seu “livre arbítrio”. As vezes não vai comprar o mais barato, mas o “mais barato dentro do que te apresentam”. Você não vai ler todas as opiniões, mas a opiniões “sugeridas” para você.
E onde a LGDP entra nessa história toda? Entra “protegendo” seus dados. Mas não de forma mecânica. Não é algo que aconteça de cima para baixo. VOCÊ torna-se proprietário dos seus dados. Você vai dizer quais dados você quer compartilhar. Vai dizer quando e como podem guardá-los. Vai poder apagar seus dados quando não desejar mais que fiquem armazenados. E mais importante, com quem e quando vão compartilhar seus dados.
Em nosso próximo post sobre o assunto vamos nos aprofundar no compartilhamento de dados.
Continuem acompanhando nos posts para saber mais sobre a LGDP e outros assuntos da área da tecnologia da informação.
Abraços e até a próxima
André Piazzon – Diretor
